Na meditação da liturgia diária deste dia, 31 de julho, na qual a Igreja faz Memória Litúrgica de Santo Inácio de Loyola (Espanha, 1491 – Roma, 1556) fundador dos Padres Jesuítas, tive a oportunidade mais uma vez de ler algumas páginas sobre a sua vida, o que é sempre muito empolgante.
Depois de ser ferido em combate, pois era soldado e havia participado da guerra para proteger a cidade de Pamplona, vivia o seu período de recuperação (Castelo de Loyola). Lá não havia livros de cavalarias, mas uma Coleção sobre a história dos Santos. Dentre eles estava um que falava sobre “A Vida de Cristo”.
“Foi após o contato com os livros religiosos que ele percebeu, com atenção e paciência, que as ambições mundanas lhe causavam alegrias efêmeras, meros prazeres, ao passo que a entrega a Jesus Cristo lhe enchia o coração de alegria duradoura. Essa consolação foi, para Inácio, um sinal de Deus”.
Chegou a viver como eremita para que pudesse fazer suas anotações, no que viriam a ser os “Exercícios Espirituais”, uma riqueza utilizada pela vida da Igreja até os nossos dias. O retorno à missão lhe custou provas e perseguições e ele precisou estudar, ler, conhecer os mistérios da fé cristã e os dramas existenciais para ensinar melhor as pessoas
Santo Inácio de Loyola foi canonizado em 12 de março de 1622, pelo Papa Gregório XV. Fica a lição da importância de ser ler “coisas boas na nossa vida”, sobretudo nesses dias com tanta produção que tem apenas o fim lucrativo. Há leituras que não acrescentam nada de bom. As boas leituras nos ajudam a transformar a mente, o coração, as ações, a própria vida. O poder de uma leitura gera em nós uma força extraordinária de encontros e partidas.
Por Antonio Marcos